poesia

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24 de agosto de 2015

Amor ao Fado!

Com olhar triste e magoado,
era o seu jeito ao cantar.
O amor que tinha ao Fado,
dava-lhe esse seu olhar.

Sempre que ao palco subia,
com olhar triste e magoado,
toda a plateia varria,
para encontrar o seu Fado.

Mas o Fado, o seu amor,
não era gente em plateia,
era tão somente a dor,
de uma surreal ideia.

O Fado era fantasia,
pese ela muito o amar,
Só dentro de si vivia,
p'ró seu destino traçar.

19 de agosto de 2015

O livre-arbítrio!

Aquando o Divino Oleiro, com o barro Adão criava,
acrescentou-lhe um valor, com livre-arbítrio o dotava.
Deu-lhe o poder, para poder, muito livremente optar,
quais os rumos, quais as vias , onde optasse demandar.

Se o Divino em si continha, um dom de omnisciência,
porque dotou Pai Adão, de livre-arbítrio em consciência,
pois que os seus modos de vida, já lhos tinha destinado?
Porque assim, ouso dizer: foi Pai Adão, mal formatado!

11 de agosto de 2015

Modos de estar na vida!










Os nossos modos de estar, os que em vida carregamos,
são resultantes de opções, as opções que contraímos,
são a colheita dos frutos, que em demanda semeamos,
são causa do Livre Arbítrio, régia lei que assumimos.

6 de agosto de 2015

O meu fadário!









No meu mar encapelado,
com soçobro no remar,
tento alegrar o meu fado,
para fadar noutro mar.

Por cordas duma guitarra,
com meu tempo a decompor,
rumo ao cais onde se amarra,
o do meu tempo, o senhor.

Mas o mar com suas escarpas,
fere as cordas, num ataque,
mata o cais com suas farpas,
nele impede o meu atraque.

Assim vivo o meu fadário,
é neste mar que navego,
que levo a cruz ao calvário,
que nele todo me entrego.

4 de agosto de 2015

O gingar da cachopinha!











Era linda a cachopinha, no gingar aquando andava,
provocava os que a miravam, com seu sedutor olhar.
Um, num estado fascinado, dela os olhos não soltava,
porque jamais enxergara, um tão perfeito gingar

Ela, assumindo matreirice, ao vê-lo assim fascinado,
os seus modos de gingar, mais os dispôs, mais realçou,
pôs suas ancas gingando, no seu mais charmoso estado,
levando a que o fascinado, por ela louco ficou.

Era assim que a cachopinha o seu trajecto cumpria,
introduzindo o seu estilo, na sua moda de andar,
ofertando ao que passava, uma doce fantasia,
e o levando a almejar: tê-la, para com ela gingar.