Era a janela p'rá quelha,
o portal por onde entrava,
vinha de crença mui velha
e no meu leito poisava.
Era um demo, demo velho,
dos que por um deus forjado,
com registo em evangelho
e dos infernos, soldado.
Era um anjo, pé de bode,
em meu torno a esvoaçar,
sacando tudo o que pode,
para com ele o levar.
Já não menino acordei,
dos sonhos que m'induziram,
um tal portal encerrei,
e os anjos demos partiram.
Perdoe-me a pretensão, estimado poeta Zé Loureiro:
ResponderEliminarPortal encerrado, novos sonhos virão...
Demos afastados, não queremos ilusão!
O menino se fez homem, outra janela se abriu...
Esta não dá para a quelha, o anjo demo já não a viu!
Adorei este poema......BELA POESIA, EXTRAORDINÁRIO POETA!
Um abraço amigo
Mena Dias
Zé querido
ResponderEliminarFosse eu uma fada
Mandaria para longe o pesadelo
Daria uma grande gargalhada
E manteria os sonhos belos
E os demos? No Inferno
Adorei o poema!
Bjussss
Quando criança teve sonhos que eram verdadeiros pesadelos. Quando homem, uma janela se rasgou e por ela a luz entrou e os pesadelos fugiram e com eles os demos no inferno se refugiaram. Adorei esta poesia!!
ResponderEliminarUm grande abraço e belos sonhos, pois em qualquer idade se pode sonhar!!!
Adorei esta abordagem poética a figuras míticas que faziam medo às crianças do nosso tempo. O Demo, o Lobishomem, as Bruxas e as Moiras que habitavam minas abandonadas povoam o nosso imaginário infantil. Gostei muito um abraço amigo da minha região, meu vizinho nesta Beira interior.
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