poesia

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31 de maio de 2011

"SALOMÉ"










Salomé, linda judia,
e de Herodes enteada,
era em dança a fantasia,
também diva desejada.

Conta-se que se exibia,
perante a Corte Real,
e que a mesma seduzia,
com élan mui sensual.

Se diz também que a mãe,
dama de soez cariz,
era tida como alguém,
com porte de meretriz.

Herodias se chamava,
e na Judeia malquista,
e p'lo porte a contestava,
o Santo João Baptista.

E que a filha num bailado,
com tal charme s'envolveu,
que Herodes embriagado,
tudo a ela prometeu.

E que induzida p'la mãe,
uma sagaz calculista,
lhe solicitou também,
a cabeça de Baptista.

E o rei cumpriu promessa,
e prontamente ordenou,
sua cabeça em travessa,
tal como a diva rogou.

Mas mesmo decapitado,
o santo e bom do João,
é no presente chamado:
"Patrono do folião".

22 de maio de 2011

Maria Madalena!










Se diz que fora Maria,
em Magdala, muito bela
e que Jesus a queria,
morria de amor por ela.

Dizem também que Jesus,
pese em atroz sofrimento,
lhe sorriu, braços na cruz,
adoçando um tal momento.

Que Jesus ressuscitou,
saudoso do ser amado,
ser que outrora fecundou,
para encarnar seu Legado.

Foi Maria o Santo Graal,
seio albergue do Legado,
causa de amor sem igual,
e aos quatros ventos cantado.

21 de maio de 2011

"A LOBA E A PÁTRIA DOS TANSOS"










Portugal, pátria de tansos,
à Beira-Europa implantado,
um redil de anhos mansos,
por filhos da loba guardado.

Lobos alfa delegados,
da loba banca europeia
e, p'ró redil destacados,
ao serviço da alcateia.

O redil com seu rebanho,
rápido se vê sumido,
contraído no tamanho,
a só tansos reduzido.

Requiem pelo meu país,
esgotou-se e se finou,
morreu pobre, o infeliz,
loba banca o sepultou.

18 de maio de 2011

"A impotência de Zeus"














Era Zeus já mui velhote,
tremebundo e ar pungente,
com Divinas ao magote,
mas o dito era impotente.

Há muito sem fornicar,
por não dispor de Viagra,
p'ró seu pénis activar,
e erecção não deflagra.

Por Esculápio observado,
com enfoque em erecção.
soube Zeus estar lixado,
por não haver solução.

Então Zeus em tom irado,
ribombo, voz de trovão,
ordenou-lhe ser tratado,
curá-lo da disfunção.

Esculápio, pensativo,
mostrando imaginação,
cu com medo, mas altivo,
grita: Eureka, há solução.

De passagem se quedou,
a das Divas gabarito,
a Afrodite e questionou,
do porquê do alto grito.

Olhos no chão, humilhado,
o velho Zeus informou,
ter o pénis em mau estado,
mais não disse, se acanhou.

Brejeira a Diva sorriu,
suas vestes levantou,
o pénis de Zeus curtiu,
não contido, ejaculou.

Foi assim...