Ar carente e meditando,
era Zeus, um ser falhado,
algo lhe estava faltando,
para um Deus realizado.
E informou exaltado,
suas Cortes Divinais,
da carência, do seu estado,
estado impróprio de imortais.
E as Cortes, previdentes,
reuniram com urgência,
discutindo, sapientes,
do porquê de tal carência.
E razões não encontradas,
para tal enfermidade,
as cortes são encerradas,
não descoberta a verdade.
Eis que Euterpe, linda musa,
suposta filha de Zeus,
um tal estigma ao pai recusa,
e brada bem alto aos céus:
A cura para um tal mal,
está na doce fantasia.
Há remédio capital,
e seu nome é: Poesia!