poesia

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29 de maio de 2013

Fado: O Amor Perfeito!









Deixa-me entrar em teu peito,
para semente apanhar,
a semente Amor Perfeito,
para em meu peito a lançar.

Para em meu peito a lançar,
e germinar outras flores,
criando um espaço de amar,
o dos Perfeitos Amores.

O dos Perfeitos Amores,
amores nossos legados,
também polens criadores,
para outros espaços lançados.

Para outros espaços lançados,
com azimute em portal,
o Mundo dos Bem Amados,
do Amor Perfeito Ideal.

27 de maio de 2013

Nunca lhe direi!








Mesmo ferido de feridas que não suturam,
e por resquícios de um amor mui mal amado,
e  de outros desamores que também  perduram,
nunca lhe direi: Foste o meu mais triste fado!

As feridas pelas quais a ela eu me apego,
são meu calvário, estigmas de dor a lavrar,
mas jamais lhe direi, pese a cruz que eu carrego:
Sai de mim, para que dela me possa apear.

20 de maio de 2013

Abram alas ao amor!











Abram alas, deixem o amor voar,
libertem a pista, varrendo-lhe abrolhos,
assim possa erguer, o sacro verbo amar,
e levar venturas, soltas de seus escolhos.

E que no seu voo, o verbo amar conjugue,
que o lance e semeie, p'los modos verbais,
e que ao mal amado, lágrimas lhe enxugue,
com sopros de amor, nos seus tempos vitais.

Abram alas, deixem despontar o amor,
o cativem, dando-lhe um terno regaço,
o adubem como se fora uma flor,
o libertem, o não prendam num só espaço.

9 de maio de 2013

Benquerença, uma estrela!






Foi um clamor exultante,
e toda a terra tremeu,
nascera estrela brilhante,
fora um deus que a concebeu.

Fora Zeus seu criador,
em tela sita na Beira,
dotando-a de multicor,
e postura sobranceira.

Benquerença fora a tela,
que o Deus dos deuses criara,
por morrer de amor por ela,
a outra estrela a doara.

A doara ao Benquerido,
um também astro brilhante,
que por ela seduzido,
se entregou, tornou-se amante.

Como amante a endeusou,
talhou nicho, o seu altar,
por sua Diva a tomou,
para ad eternum a honrar.

5 de maio de 2013

Amores vogando!








Serrem grades e libertem o vosso amor,
e o libertem para que em fluidos vogarem,
vogarem por leito e harmónico fervor,
para inundarem os que dele se acercarem.

E que por modos de sedução os banhe,
que em seu seio ejacule e semen semeie,
e assim os fecunde, os tornando prenhe,
p'ra que outros apegos, amores granjeie.

3 de maio de 2013

Contrição!










Perdoa negro, amigo meu,
se te feriu, ou te matou,
esse que fui, já não sou eu,
eu sou alguém, que se encontrou.

Que se encontrou, que percebeu,
o jogo em que se viu lançado,
e do mesmo se desprendeu,
repeso por tê-lo jogado.

Que se encontrou, que percebeu,
quão justa era a tua luta,
que o lado errado, era o seu,
do irracional na disputa.

Por perceber e se encontrar,
espero, meu negro amigo,
que me consigas perdoar,
e faças as pazes comigo.