poesia

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23 de setembro de 2014

A Verdade!








E aquando a Fonte de Luz liberta Nova Centelha,
mais me afasto da Verdade e de onde ela emergiu.
Vejo-me amarrado a uma outra, a Centelha Velha,
porque a Nova a outras Centelhas as portas abriu.

17 de setembro de 2014

Sonhos em criança!











Era a janela p'rá quelha,
o portal por onde entrava,
vinha de crença mui velha
e no meu leito poisava.

Era um demo, demo velho,
dos que por um deus forjado,
com registo em evangelho
e dos infernos, soldado.

Era um anjo, pé de bode,
em meu torno a esvoaçar,
sacando tudo o que pode,
para com ele o levar.

Já não menino acordei,
dos sonhos que m'induziram,
um tal portal encerrei,
e os anjos demos partiram.

12 de setembro de 2014

O Deus Nada e o Big Bang!












Foi um Deus Nada. Era de ninguém!
Dentro de si só a chama imperava
e por carecer, ser o deus de alguém,
se fez Big Bang e o seu espaço criava.

2 de setembro de 2014

As maleitas das urbes!












Assim fosse eu uma nuvem, para poder ir beber,
às mui verdejantes serras, as suas mais belas cores,
e vogaria p'ás urbes, para nelas as chover,
as molhando do mais belo, p'ró granjeio dos amores

Fosse eu mago paisagista e com saber e magia,
toda a urbe atapetava, com flores de urzes dos montes,
e as dotava com aromas, ao sabor da fantasia,
fantasia da que brota, das mais encantadas fontes.

Fosse eu, de sons, compositor e os de serras compunha,
com propriedades solventes e às urbes os ofertava,
lhes solvia os poluentes e os seus, puros, lhos dispunha.

Ai se eu fosse o que não sou e que bem sei, jamais o ser,
às urbes dava outra alma e as faria renascer.