poesia

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26 de fevereiro de 2014

Te arrenego, morte!














Quero aos meus olhos, podê-los esfregar,
às minhas unhas, podê-las roer,
aos meus ouvidos, podê-los coçar.
Te arrenego morte, eu quero viver!

Eu quero viver, mesmo que a sofrer,
e poder chorar, tal como me rir,
ter fontes de amor, para meu prazer.
Te arrenego morte, não quero partir!

7 de fevereiro de 2014

Fado: Lágrima de saudade!
















Uma lágrima brotou,
vinda da fonte de outrora,
e por ruga desaguou,
para onde a saudade mora.

Vinha trazer-lhe o que fora,
os amores que tivera,
suas caixas de pandora,
o que a vida lhe prouvera.

Finda a causa p'ró que veio,
para outrora regressou,
regressou para o seu meio,
e a saudade não levou.

A deixou onde ela mora,
ao que a sente e diz amar,
e só esquece a sua outrora,
aquando a fonte secar.