poesia

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25 de março de 2013

"O meu Deus é porreiraço!"











O que se diz meu Deus, é porreiraço,
um muito meu amigo a tempo inteiro,
e concordante com tudo o que eu faço.
É um fidelíssimo companheiro!

Quando digo mata, ele diz: esfola.
Um Deus aberto, sempre a me apoiar,
se me vê triste, logo me consola,
vira um palhaço para me alegrar.

Sempre que carente de algum conselho,
desloco-me ao seu poiso, um tabernáculo,
com portal de entrada no meu espelho.

E por sortilégio, encanto dos seus,
prendo-me ao espelho, o que dele emana,
porque a sorrir me diz: Zé, és teu Deus!

18 de março de 2013

"Enzo, essa Flor!"







Para o Enzo, neto da minha amiga Livete,
pelas suas três primaveras:

Num jardim, sito em Natal,
por sementeira de amor,
lançada em coito ideal,
brotou Enzo, a bela flor.

E a flor ao desabrochar,
de si vogaram odores,
indo a Manaus se pousar,
p'rá abraçar avós/amores.

Os avós também jardins,
e jardins aconchegantes,
são de aromas seus afins,
porque de flores amantes.

E o Enzo/flor cresceu,
três primaveras brotou,
e dos avós recebeu,
aromas que muito amou.

Parabéns amiguinho!
Sou o Zé Loureiro.

9 de março de 2013

O beijo quando roubado...










O beijo é, quando roubado,
ardil de quem o roubou,
pois espera ver-se obrigado,
a pô-lo onde o tirou.

O beijo, quando roubado,
tem um divino sabor,
pois dele brota impregnado,
o travo doce do amor.

6 de março de 2013

Cais da saudade!







No meu passado voguei,
por rota rumo à saudade,
finda a demanda aportei,
ao tempo: o Cais Mocidade.

Com prazer vi atracando,
um "submarino amarelo",
e nele os Beatles cantando,
dando ao Cais, momento belo.

Ouvi um sublime canto,
da diva a Ima Sumac,
levando ao Cais um encanto,
e adoçando o atraque.

No Cais também vi heróis,
os de banda desenhada,
Cisco e Rogers, os cowboys,
meus heróis na "coboiada",

Vi também um paladino,
nobre Cavaleiro Andante,
cujo lema e seu destino:
das damas ser um amante.

Mas a grata sensação,
que adveio, vinda do Cais,
foi a bela aparição,
dos meus saudosos pais.

Finda a saga demandei,
após ter morto a saudade,
e p'ró meu tempo rumei,
o tempo da minha idade.