poesia

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12 de novembro de 2015

Coisas do Vento!










O meu olhar levantei,
para ao vento perguntar,
se ele sabe o que eu não sei,
para poder-me informar:

Se de onde ele atrás partiu,
por aldeia, serra ou vale,
a minha amada ele viu,
que me diga e não se cale.

O vento lesto amainou,
e por branda rabanada,
gentilmente me informou,
sim, que viu a minha amada.

Ia linda a atravessar,
uma ponte dum ribeiro,
que fixou nela o olhar,
seduzido e prazenteiro.

E que em tal estado ficou,
que seu controlo perdeu,
e com tal força ventou,
que sua saia lhe ergueu.

Volta para junto dela,
disse-me antes de abalar,
pois podes ficar sem ela,
se um outro vento a levar.

6 de novembro de 2015

Almejos para ad aeternum!










Amor, aquando de ti e desta eu me for,
e para ao mundo dos nadas for ascender,
no meu peito, põe os teus laços de amor,
para que ad aeternum a ti eu me prender.

Se antes de mim tu finares, desta partires,
e para ao mundo dos nadas lhe acenderes,
leva de mim o que sou, para me sentires,
e também em ad aeternum me prenderes.