poesia

poesia

16 de abril de 2012

"25 de Abril-Requiem"














Com cravos rubros sonhei,
e pombas brancas voando,
de meu sonho despertei,
p'rá realidade voltando.

Foi meu sonho um desalinho,
resquícios de um ideal,
um almejo columbino,
de um Abril em Portugal.

Vejo lapela com cravo,
qual cravo de ferradura,
cravo p'ró povo um agravo,
ferrete de desventura.

Requiem p'lo cravo de Abril,
não regado, definhou,
levou as "venturas mil",
e só saudade deixou.

Brotem cravos, outros cravos,
em vasos de outras janelas,
despojados dos agravos,
p'rá adornar outras lapelas.

1 comentário:

  1. Este belo poema é mesmo um Requiem pelo nosso sonho de Abril, adornado de belos cravos. Agora estes estão mortos, os portugueses em vez de sonhos, têm pesadelos, mas de acordo com o amigo, esperemos que novos cravos brotem e que nós estejamos cá para novamente vibrarmos e todos nos abraçarmos com alegria!!

    ResponderEliminar