poesia

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11 de junho de 2013

O monstro traga gente!










As minas na minha aldeia,
foram úteis certamente,
pese o tê-las na ideia,
como um monstro traga gente.

Muitos foram os tragados,
foi o meu, talvez teu pai,
outros já não recordados,
porque a memória se esvai.

Esse monstro traga gente,
esse cruel predador,
sorveu corpos lentamente,
e das famílias foi dor.

Esse vil monstro nefasto,
de seu nome silicose,
fez do pulmão seu repasto,
e da morte apoteose.

1 comentário:

  1. Não é possível esquecer
    esse monstro traga gente,
    se vi o meu pai morrer,
    nas garras dele precocemente...


    Luisa Pacheco

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