poesia

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30 de janeiro de 2012

Quando o papagaio falou!














Quando o papagaio falou,
a negra fula chorou.
Choro de ufana vaidade,
e de profunda saudade.

Saudade de seu Mané,
no Bailundo, lá p'ra Norte,
que por roças de café,
labutava p'ró seu dote

 "Dominguita, meu tesouro,
contigo quero casar",
era o que dizia o louro,
para a negrinha chorar.

Quem ensinou ao lourinho,
aquela frase bonita?
Foi Mané, o seu negrinho,
e noivo da Dominguita.

Sempre que o louro falava,
a negra fula chorava.

6 comentários:

  1. Continuas escrevendo suas poesias com maestria, embora ainda se observe certa tristeza...
    Adorei esta.
    Bjuss

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  2. Ao ler o comentário da SuPalanti concordei logo com ela, será que também tens um papagaio que quando fala tu ficas triste em vez de fulo????? Adorei o poema, bjs Zé

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  3. bonito e engraçado,rsrs..gostei amigo Zé, beijinhos

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  4. O mané que não se demore muito não,
    Pois sua mulata está a causar
    E isso pode virar em confusão.
    Lindo Zé! :-)

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  5. Uma forma muito interessante que o Mané arranjou de lembrar todos os dias a sua Dominguita que com ela queria casar. Adorei!!!

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