poesia

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17 de setembro de 2014

Sonhos em criança!











Era a janela p'rá quelha,
o portal por onde entrava,
vinha de crença mui velha
e no meu leito poisava.

Era um demo, demo velho,
dos que por um deus forjado,
com registo em evangelho
e dos infernos, soldado.

Era um anjo, pé de bode,
em meu torno a esvoaçar,
sacando tudo o que pode,
para com ele o levar.

Já não menino acordei,
dos sonhos que m'induziram,
um tal portal encerrei,
e os anjos demos partiram.

4 comentários:

  1. Perdoe-me a pretensão, estimado poeta Zé Loureiro:

    Portal encerrado, novos sonhos virão...
    Demos afastados, não queremos ilusão!
    O menino se fez homem, outra janela se abriu...
    Esta não dá para a quelha, o anjo demo já não a viu!

    Adorei este poema......BELA POESIA, EXTRAORDINÁRIO POETA!

    Um abraço amigo

    Mena Dias

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  2. Zé querido

    Fosse eu uma fada
    Mandaria para longe o pesadelo
    Daria uma grande gargalhada
    E manteria os sonhos belos
    E os demos? No Inferno

    Adorei o poema!
    Bjussss

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  3. Quando criança teve sonhos que eram verdadeiros pesadelos. Quando homem, uma janela se rasgou e por ela a luz entrou e os pesadelos fugiram e com eles os demos no inferno se refugiaram. Adorei esta poesia!!
    Um grande abraço e belos sonhos, pois em qualquer idade se pode sonhar!!!

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  4. Adorei esta abordagem poética a figuras míticas que faziam medo às crianças do nosso tempo. O Demo, o Lobishomem, as Bruxas e as Moiras que habitavam minas abandonadas povoam o nosso imaginário infantil. Gostei muito um abraço amigo da minha região, meu vizinho nesta Beira interior.

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