poesia

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10 de junho de 2013

Quem sou eu?















Vogando dentro dos meus eus me aportei,
ao meu registo ignoto que ali fundeou,
e nele ancorado e inquieto indaguei,
quem sou eu, de onde vim, para onde vou?

Por onda emergente o registo informou:
sobre o que indagaste também desconheço,
sei que sou eu, que de ti, também eu sou,
e de agnosticismo, também eu padeço.

E do meu outro eu me desamarrei,
vogando em rota firme e sem procelas,
e porque liberto delas me encontrei,
segui ao livre sabor, arreando as velas.

8 comentários:

  1. Um grande amigo e poeta que escreve como poucos! ;-)

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  2. Respondo-te como o fiz das últimas vezes, à semelhança do que faz-me com tanta maestria:

    Os Mil Castelos

    Choro e rio...
    Um riso franco
    Lágrimas... Suplício
    E tudo está em branco
    Belo e vazio...
    E tudo é memória
    Num quê de esquecido
    Imagens em demasia...
    Em tudo resolvido
    Uma grande alegria
    Meu coração defendido
    Só quer as delícias
    Um olhar singelo
    Um pensamento em ousadia
    Construo mil castelos...
    Quanto tenho de energia!
    Choro e rio...
    Avanço pela penedia
    Sentindo o velho arrepio
    Arrepio em desejos aflitos
    Percorrem meu corpo arredio
    Espero o final como um desafio...
    Ouço as vozes num sussurro
    Prefiro isso aos ouvidos mudos
    Coisas de maluco em carícias quentes
    Minha pele quase dormente
    Espera, bem paciente
    O toque de mãos ardentes.
    Choro e rio...

    Ah! Amei a sua poesia!
    Bjuss

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  3. Só mesmo um poeta como tu consegue saber quem é, de onde vem e para onde vai, tomara eu por vezes sabê-lo... BELISSIMO, bjs

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  4. Belo poema que nos fala das inquietações sentidas....gostei muito!

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  5. Que lindo, Zé Loureiro! "...e porque liberto delas me encontrei,
    segui ao livre sabor, arreando as velas." Adoreii...abraços meu amigo

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  6. Um poema que fala de Liberdade..adorei José, grande abraço

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  7. Só alguém como o meu amigo Zé Loureiro, refletindo sobre ele próprio, se indaga quem foi, quem é e o que virá a ser. Por fim, libertando-se destas preocupações, metaforicamente arreia as velas e segue livremente ao sabor das marés. Aproveite bem essa liberdade e seja feliz. Abraços amigos!!

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  8. Você tem muita qualidade! Tem sim senhor! Não largue a caneta!

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