poesia

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13 de julho de 2011

Os malefícios do polegar no pensamento primata!










Estava o gorila sentado,
circunspecto, ar sisudo,
ao lado, seu filho amado,
brincava volvendo tudo.

Eis que então o pai gorila,
assentou toda a atenção,
para um gesto do reguila,
bem patente numa mão.

Mas que fez o jovem símio,
para a atenção despertar?
Reparou que ele era exímio,
a mexer seu polegar.

E por isso, o pai sisudo,
temendo a evolução,
impôs ordem ao miúdo,
travando-lhe a vocação.

E em estilo mui cordato,
foi à história e deu lição,
e informou o gaiato,
do porquê da observação.

Meu filho, queira escutar:
O nosso parente humano,
ao mexer o polegar,
foi fautor de farto dano.

Ao mexer seu polegar,
modos de vida alterou,
não tardando a deturpar,
o que Deus Símio legou.

Ousa ser símio decente,
brinca sumindo teu tédio,
goza com nosso parente,
elevando o dedo médio.

Concordante o juvenil,
disse ao pai ir aceitar,
estar atento ao vil ardil,
do estupor do polegar

2 comentários:

  1. Gorila esperto este...
    Poesia muito, mas muito boa...
    Bjuss

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  2. Bela poesia, através da qual se explica certos gestos digitais, não tidos como muito correctos!!! Beijos sr. professor!!!

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