O mê filhe é dos mai lindes,
e s'acode comó sê pai,
vandes ver quande cá vindes,
só mê home ele nã sai.
Ele acode por Alfredite,
qué o nome do padrinhe,
bonda muito ter-lhe dite,
co mê goste era Agustinhe.
- E vosm'cê, ó tcha Judite!
Come acode o sê menine?
- Mê menine é Alfredite ,
mas mê goste era Fremine.
- E o teu ó Biatriz?
- Porra... ê nã te tinha já dite,
qu'ele acode por Luis,
mas mê goste era Alfredite?
Maravilha!
ResponderEliminarReconheci alguns termos usados também na minha aldeia, do outro lado da serra.
A linguagem da nossa região é um tema que me agrada bastante, pois penso que não devemos esquecer o modo de falar dos nossos antepassados.
Beijinhos
Lourdes
Zé! Adorei a forma poética desta escrita. De onde é? Quase me sinto em lugarejos recônditos na Itália, onde a língua italiana tem ares de idiomas diferentes.
ResponderEliminarBjusss
Muito interessante Poeta!
ResponderEliminarCertas palavras relevam da giria das nossa Beira Baixa. Lindo!
Um abraço
Adelaide
Belo poema, tratando com o maior respeito a pronúncia e linguagem da sua linda terra,a "Cebola" e toda a região circundante!! Com muito gosto pelo o uso das palavras de seus antepassados, envio-lhe um grande abraço!!!
ResponderEliminarAdorei esta forma de expressão própria de um povo que não sabendo ler nem escrever, nem por isso deixou de ser poeta.
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