Carta aberta a um ceifeiro.
Algures, 1972.
Ceifeiro!
Tu, que com teu suor "porcos" alimentas em artesas d'oiro:
Olha para Leste.
Tu, que o trigo à terra arrancas e o pão com sangue amassas:
Olha para Leste.
Olha, olha para Leste, ceifeiro!
Sente o bafo impregnado de gotículas de Liberdade.
Entrega teu suor à terra, como adubo,
adubo que dê vida a um novo viver.
Olha, ceifeiro!
Eu, um filho de mineiro,
e que em mim sinto, algo que a ti pertence
também olho para Leste
e, embora à terra eu o pão não arranque,
também em artesas d'oiro "porcos" alimento.
Então ceifeiro!
Olhemos para Leste.
Olhe por onde olhar
ResponderEliminarsempre a terra terás de suar
cuide também de alimentar os porcos
se quiser os seus filhos criar
olhe por onde olhar...
Teu poema social Zé, vem de encontro a este momento
que parece não passar nunca. Beijo grande portuga.:-)
Pois é, agora com a informação que se tem à disposição com certeza a fazer um poema não diria olha para Leste. Continuamos a alimentar porcos corruptos em artesas de ouro mas a esperança no Leste há muito que se desvaneceu. Bem haja Gorbachev. Que tal fazer um poema ao ceifeiro nos tempos de hoje? Xi e bom domingo
ResponderEliminar