poesia

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14 de abril de 2013

"Bipolaridade"








Sofro, mas não de fadiga,
sofro pelo meu contrário,
e porque dispar me obriga,
a cumprir um tal fadário.

Masoquismo singular,
amo o que outro eu odeia,
contradição bipolar,
que me prende à mesma teia.

Modos vivendi opostos,
o de ambos os meus eus,
e porque me são impostos,
meus modos são como os seus.

Rogo a meus eus que se fundam,
e se unam p'lo mesmo nó,
que meus poemas difundam,
como se fossem um só.

4 comentários:

  1. Defines muito bem a seus extremos "eus", porém entre a alegria e a dor ainda existem os "eus" alternativos Zé, perfazendo não só dois ou três, e sim uma "legião".
    Um beijo grande desde aqui até ai amigo velho.:-)

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  2. Não será este tipo de bipolaridade uma forma de viver como outra qualquer, quer dizer não será a nossa vida bipolar? é que eu revejo-me nestas tuas "lamentações", talvez com um pouco mais de alegria. Beijinho

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  3. Parece feito pra mim...bipolar como eu,bjs!

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  4. Eu revejo-me neste poema do meu querido amigo, pois minha alma balança entre a tristeza dolorosa e momentos de felicidade; normalmente, estes resultando de recordações da mocidade. Beijinhos!!

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