poesia

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31 de outubro de 2013

Protesto de um já ido!

Da minha sepultura, os meus pés não arredarei.
Optei quedar-me nela e não embarcar para Além.
Os julgamentos dos que já se foram, invocarei,
para justificar a opção de quedar-me em Aquém:

Logo após desta partidos, somos a Juízo levados.
Pecados vistos à lupa, para as penas proclamarem,
as penas que as almas lavam e redimem os pecados,
e assim aos Céus subirem e ad eterno os gozarem.

Se a Juízo já nós fomos e proclamada a sanção,
porque por um outro Juízo, o Final, somos julgados,
se os pecados cometidos, se encontram em remissão?
Porque assim, meu protesto lavro e o lanço p'rós jurados.

Assina,
Um que desta já se foi.

4 comentários:

  1. Neste dia que antecede a lembrança dos já ídos nada melhor que os lembrar através de um poema tão sui generis e só um poeta como você para se transportar para o Além estando no Aquém e reflectir sobre as suas, nossas,deles provações.

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  2. Sabe de uma coisa? Adorei isso. Pena que estou pouco inspirada para uma poesia em resposta à tua.
    Bjusss

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  3. Li e reli este seu texto e só o meu amigo " encarnando" um dos já partidos para o Além nos mostra que após tantos sacrifícios e juízos no Aquém, ainda nos espera o Juízo Final que nos pode ser ou não favorável na apreciação da nossa alma!!! Um abraço por me fazer pensar!!

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