poesia

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24 de fevereiro de 2012

Manjar dantesco!







Fritam almas em azeite,
há muito do corpo soltas,
e também p'ra seu deleite,
defecam nas suas bocas.

Satanás, o mais safado,
arrotando e com azia,
um intestino grelhado,
com prazer o consumia.

Um ladino mafarrico,
com ar guloso, o pimpão,
lá papava de um penico,
um tenrinho coração.

Entretanto o Lucifer,
tido como cavalheiro,
surripava uma mulher,
e a papava prazenteiro.

Um diabrete invertido,
em tal orgia abancava,
e mariconço assumido,
uma alma macho papava.

A uma pura alma olheira,
que Deus p'ra lá destacou,
sofreu forte caganeira,
não contida, se borrou.

Borrou-se e dali fugiu,
cu com medo, apavorada,
pois aquilo que ali viu,
de justiça, tinha nada!

Para o céu prestes voou,
como alminha revoltada,
e ao inferno não voltou,
por temer lá ser papada.

E em banho de água benta,
com poção de celsas flores,
libertou-se da tormenta,
da borrada e seus odores.

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