poesia

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14 de fevereiro de 2012

"O Papão"







Suas garras em meu corpo as sentia.
Belzebu, o horrível satanás,
de meu corpo o imundo se sacia,
e minha alma como um nectar o apraz.

Em torno de mim ele vai bailando,
muito feliz por em meu sonho entrar,
ávido, meu corpo e alma sugando,
cruel, impedindo meu acordar.

Em esforço de tal sonho me liberto,
e p'ra meu tormento, mesmo acordado,
as imagens do sonho não reverto,
por satã continuava tentado.

Súbito, um tal inferno se apaga.
Minha mãe, o freio dos meus terrores,
para meu prazer, minha face afaga,
libertando-me daqueles horrores.

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